Após ver o pedido
de criação do seu partido, o Rede Sustentabilidade, ser negado em outubro
passado, a ex-senadora Marina Silva não apresentou novas assinaturas e a ação
foi arquivada pelo Tribunal Superior Eleitoral, nesta quarta (5); ao que
parece, discurso de Marina de que adesão ao PSB seria provisória não procede;
além disso, a perda do prazo revela um certo descaso da ex-ministra com um
projeto que ela dizia ser tão importante para sua vida política; Rede
continuará sendo um apêndice do PSB?
A ex-senadora
Marina Silva, atualmente no PSB, deixou transitar em julgado o processo de
criação do seu novo partido, o Rede Sustentabilidade. Por não ter recorrido da
decisão do Tribunal Superior Eleitoral, que indeferiu o pedido da criação da
nova agremiação, por inconsistência nas assinaturas mínimas necessárias, a
decisão tornou definitiva após esta quarta-feira (5), e o pedido foi arquivado.
Em outubro do ano passado, quando rejeitou a ação, o plenário do
TSE converteu o pedido em "diligência", o que permitiria que
Marina apresentasse mais assinaturas, mas o Rede não apresentou qualquer
documentação dentro do prazo necessário.
Agora será
necessário fazer um novo pedido de registro de partido ou pleitear o
desarquivamento do pedido de criação. A decisão de desarquivar pode ser
analisada individualmente pelo presidente do TSE ou ser levada ao plenário.
À
época do julgamento, a ex-senadora queria que o TSE validasse 95 mil
assinaturas de apoio que foram rejeitadas pelos cartórios eleitorais. Ela
argumentou que os cartórios rejeitaram sem motivo assinaturas de jovens e
idosos, cuja participação em eleições anteriores foi facultativa. A maioria dos
ministros do tribunal, no entanto, entendeu que os cartórios têm autonomia para
verificar se a ficha de apoio apresentou os requisitos ou não para ser
validada.