Com o olhar perdido e sem a máscara usada nos
protestos, o jovem Caio Silva de Souza, black bloc que assassinou o
cinegrafista Santiago Andrade, disse que não sabia que o explosivo que acendeu
era um rojão; ele ainda afirmou que alguns jovens que atuam nas manifestações
são aliciados por movimentos políticos, sem dar maiores detalhes; Caio merece
algum tipo de atenuante?
Já preso no Rio de Janeiro, o jovem Caio Silva
de Souza, de 22 anos, admitiu que foi ele quem acendeu o rojão que matou o
cinegrafista Santiago Andrade, da Bandeirantes. "Acendi sim", disse o
black bloc, com o olhar perdido e nenhum traço de agressividade – bem
diferente do seu modo de agir nas manifestações.
Ele também afirmou que não sabia que o objeto
era um rojão (assista aqui o vídeo).
Na mesma entrevista, afirmou que alguns
jovens são aliciados por movimentos políticos, sem entrar em maiores detalhes.
No ano passado, dirigentes do PSol extaltavam
os black blocs e defendiam uma aliança estratégica com o grupo (leia mais aqui).
Acusado de detonar rojão que matou
cinegrafista já está no Rio
O suspeito de acender o rojão que matou o
cinegrafista da TV Bandeirante, Santiago Andrade, chegou há pouco na Cidade da
Polícia, complexo que reúne as delegacias especializadas da Polícia Civil
fluminense.
Caio Silva de Souza foi preso na madrugada
desta quarta-feira (12) em pousada em Feira de Santana, a 100 quilômetros de
Salvador (BA), e trazido de avião por policiais civis do Rio de Janeiro.
O desembarque ocorreu no Aeroporto
Internacional Antônio Carlos Jobim. A comitiva seguiu de carro até a Cidade da
Polícia. Ele está acompanhado do advogado Jonas Tadeu e deve prestar depoimento
e encaminhado ao sistema penitenciário fluminense. Contra ele existe um mandado
de prisão temporária expedido pela Justiça do Rio.brasil247