O
laudo de local do crime do acidente com um trator e um ônibus que deixou 13
mortos na BR-110 ficou pronto nesta quinta-feira (30), segundo o delegado
Jobson Marques, responsável pela investigação. O resultado do lado confirma a
informação de que o trator não estava amarrado, conforme admitiu o tratorista
que colocou o veículo de 30 toneladas no caminhão. A informação do manobrista
havia sido negada em depoimento pelo dono da empresa São Luíz Terraplanagem,
que foi contratada para fazer o transporte do trator de Inhambupe para uma obra
em Alagoinhas.
"O laudo
mostrou que o trator não foi amarrado, confirma o que a gente sabia. A perícia
vai para o local, analisa os três veículos, a velocidade, como ocorreu, quem
provocou a colisão. E mostrou que o trator estava solto", conta o
delegado. Segundo ele, não há sinais de freadas bruscas no local do acidente. A
velocidade do caminhão não foi possível ser aferida porque o tacógrafo do
veículo estava com defeito.
Até o momento, só o motorista do caminhão Joniçon Lima
Silva, 43 anos, foi indiciado por dolo eventual, quando a pessoa assume o risco
de matar, mas o tratorista que assumiu que o trator estava solto também
responderá pelo mesmo crime. Outras pessoas também podem ser indiciadas.
"A gente está analisando os donos e supervisores da empresa. A nossa
trajetória é essa aí para saber quem será indiciado. A gente sabe que a empresa
será responsabilizada, mas precisa ser a pessoa certa", explica. Veja mais no correio