A Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) não
concedeu o título de Cidadão Benemérito da Liberdade e Justiça Social João
Mangabeira ao escritor baiano Jorge Amado, em votação ocorrida na noite desta
terça-feira (28). O projeto, de autoria do deputado Álvaro Gomes (PCdoB),
precisava de maioria absoluta qualificada (32 votos) para ser aprovado, mas
recebeu 31 votos pelo sim, 11 pelo não, e uma abstenção. Outros 10 títulos
também foram votados e o de Jorge Amado foi o único rejeitado. O deputado Paulo
Azi (DEM) questionou durante a votação se era permitido conceder a homenagem post-mortem. O presidente da
AL-BA, Marcelo Nilo (PDT), disse que, segundo o regimento, não haveria qualquer
restrição. Após a votação secreta, o pedetista lamentou o resultado.
“Infelizmente foi rejeitado. Tenho que cumprir o regimento interno. Estou
preocupado com a imagem da Casa. Isso vai ter repercussão nacional e
internacional”, considerou, em tom de pesar. Após a recusa, Álvaro Gomes pediu
um recurso de votação, que, caso fosse aprovado com unanimidade, recolocaria a
proposta na pauta. Alguns parlamentares reclamaram, até que Carlos Geilson
(PTN) pegou o microfone e disse que reprovaria. “Faltou trabalhar melhor o
projeto, mas houve uma decisão. Lamento que a Casa não tenha aprovado a
honraria”, disse Geilson. Mais alta condecoração concedida pela Assembleia, a
comenda visa reconhecer brasileiros "dedicados às causas nobres, humanas e
sociais que tenham resultado no desenvolvimento político e socioeconômico do
Brasil, melhorando significativamente a vida das pessoas".(BN)