Mesmo no cenário mais otimista de crescimento da
economia e de diminuição da desigualdade de renda no
mundo, não deve ser possível zerar a pobreza extrema até
2030, conforme meta da Organização das Nações Unidas
(ONU). Estimativa presente no relatório “Investimentos
para acabar com a pobreza”, da entidade independente
Iniciativas do Desenvolvimento, prevê que o número de
pessoas em situação de miséria será de 342 milhões em
2030. No cenário mais pessimista, diz o relatório, o
número poderá alcançar 1,04 bilhão e, na melhor das
hipóteses, será de 107,9 milhões, diz o estudo, ao citar
dados do Brookings Institution. Segundo O Globo, o
relatório será apresentado nesta segunda-feira (23), na
Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Pobreza extrema é
aquela em que a pessoa vive com menos de US$ 1,25 por
dia. Uma das oito Metas de Desenvolvimento do Milênio,
estabelecidas pela ONU em 2000, era reduzir pela metade
a população em pobreza extrema até 2015. O texto diz que
o objetivo foi alcançado em 2010, antes do prazo. Em
2012, na Rio+20, alguns líderes mundiais sugeriram como
nova meta a erradicação da miséria até 2030, proposta
que foi aceita pela ONU.BN