Trezentos e sessenta e cinco dias se passaram da noite em que Cesar Cielo olhou para o lado do pódio e tinha alguém mais alto do que ele. Do bronze nos 50m livre dos Jogos Olímpicos de Londres para cá, muita coisa mudou na vida do brasileiro de 27 anos. Trocou de clube, técnico e até de joelhos, operados em setembro do ano passado. A mudança mais importante veio neste sábado, na decisão do Mundial de Barcelona. Impecável, o bicampeão mundial ignorou seu algoz na Inglaterra, Florent Manaudou, e todos os outros rivais. Com uma saída perfeita, bateu na frente e conquistou o inédito tricampeonato da prova. E com a melhor marca da era pós-trajes: 21s32, superando o francês Fred Bousquet, que fizera 21s36 em 2010. O roteiro perfeito para o recomeço da história vitoriosa do maior nadador de todos os tempos do país.
- Sem palavras. Para ser sincero, não achava que tinha ganhado. Não sabia o tempo que tinha feito. Eu olhei para o placar e torci para que eles não tivessem voado. Às vezes, ficar preocupado com adversário pode afetar a performance. Hoje foquei na minha raia e bati na parede. Entortei o dedo na chegada, mas valeu a pena. Se precisasse ter quebrado o dedo, teria quebrado (risos). Agora tenho que treinar três vezes mais porque sei que eles vão querer vir para me matar no ano que vem. Se Deus quiser, vamos ganhar essa prova nos Jogos de 2016 também - disse Cielo, que conquistou o bi nos 50m borboleta na última segunda-feira, ao SporTV. G1

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