Após
enfrentar o desafio de ser mãe aos 12 anos por conta de uma relação com
o próprio primo, da mesma idade, a jovem identificada com o nome
fictício de Rosa - deu a luz, na manhã deste sábado (20), ao pequeno Douglas.
A
criança, que nasceu com 47cm e 1.800kg ficará na incubadora por cinco
dias, mas passa bem. Até o momento do parto - que aconteceu na
materinidade Professor José Maria de Magalhães Neto, Rosa sofreu a
dificuldade da falta de atendimento no Hospital público de Sátiro Dias,
bem como o preconceito por ser mãe tão nova.
"Obrigada a todos que ajudaram e torceram para que isso fosse possível", agradeceu ao Bocão News, na manhã de hoje, Inês Santos Silva, que relatou o caso ao site e tem buscado ajudar a jovem. O blog divulgou esta reportagem!
A gravidez
"Eles
foram criados juntos. Sempre brincaram e jamais imaginávamos que isso
pudesse acontecer. As mães do dois são viúvas, têm outros filhos e
deixavam os dois com os mais velhos para trabalhar e sustentar a
família. Nem acreditamos quando a gente soube do bebê", contou à
reportagem do Bocão News a tia da criança, Luzimarina Chavier dos Santos, que está cuidando da sobrinha.
Segundo
Luzimarina, Rosa é da cidade de Sátiro Dias, localizada à 205 km da
capital baiana, onde vive com mais três irmãos e a mãe. "Ela começou a
sentir dores, enjôo e a mãe me ligou pedindo ajuda", disse, informando
que a maternidade de Sátiro está fechada e, por conta disso, a sobrinha
está com ela em Porto de Sauípe - povoado de Entre Rios, que fica a
pouco mais de uma hora de Salvador. "Lá em Sátiro não tinha condições de
atendimento. Só tem o Hospital Geral da cidade e pra marcar consulta
leva até um mês. Por isso pedi que ela viesse pra cá para termos
atendimento", contou.
A partir daí,
começou a batalha de Luzimaria para ajudar a sobrinha e que tem o apoio
da patroa, uma secretária que mora em Salvador e trouxe o caso ao Bocão
News. "Fiz uma denúncia no Disk 100 - Direitos Humanos, no dia 20 deste
mês e dia 23 o Conselho Tutelar de Entre Rios - que atende à Porto de
Sauípe, foi acionado. Fiquei impressionada com o descaso do setor
público com um caso grave como este", afirmou Inês Santos Silva que,
atualmente, busca resolver o problema da criança. "É um descaso total
das secretarias de Saúde. Há uma semana eles [o Conselho e a secretária
de Entre Rios] têm a denúcia e nada fizeram. A Promotoria e Prefeitura
da cidade também já foram comunicados do caso de Rosa, que é grave. Ela e
o bebê podem morrer", contou.fonte - bocaonews