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A entrevista foi concedida ontem(16). Veja alguns momentos.
blog - A que você
atribui estes desencontros de titular um profissional para um(a) definitivo(a) secretário(a) de educação?
Eu vejo que a partir
do momento que a primeira secretaria não deu certo, minha opinião seria
envolver a classe na escolha do gestor da pasta. Citava alguns nomes e a classe
de professores faria a escolha, ai... Acabaria toda fragilidade.
blog - Com
estas mudanças e greves que ocorreram, o Sr. acredita em um futuro colapso de ensino-aprendizagem
no alunado municipal?
Eu acredito. Inhambupe é muito acomodado, e
isso interfere em todo o procedimento para um avanço, mas a sociedade tem que
participar.
blog - O Sr. tem
algum projeto sobre educação para apresentar a sociedade?
Tenho sim. O miolo de toda
Educação é a revolução. Quero apresentar ao sindicato, para que através dele
seja apresentado a classe.
blog - Os
gestores sempre põem professores da rede municipal para serem secretários. Não
seria interessante desprender-se desta cultura e por técnicos para atuar no
direcionamento da secretaria? Alguém com capacidade de gestão.
Eu acho que precisar fazer um aparelhamento na
educação, e esse ponto é pequeno, diante do absurdo que vivenciamos. Um município só cresce com
incentivo na educação. Enquanto não enxergar, não vai funcionar.
blog - O
sindicato dos professores não se manifestou em nenhum momento sobre mudanças na
pasta. Poderia haver um intercâmbio com os poderes Legislativo e Executivo. O
foco é educação! Porque há esta distância entre os poderes?
A
competência de cargos comissionados é de livre nomeação e exoneração do
executivo. O relacionamento com a câmara é muito boa.
blog - Sua
comunidade esta carente quanto à educação e cultura? Como o Sr. atua para
tentar ajudá-la?
Existe
uma deficiência muito grande na área de educação. A cultura vem sendo
trabalhado em conjunto com os diretores das escolas, até porque a região é
muito rica.
blog - Deixe
uma mensagem a sociedade educacional.
É preciso um salto
revolucionário. Assim foi em todos os países que investiram na educação de seus
povos: no século XIX, os países escandinavos, o Japão, a França, a Alemanha, os
EUA; no século XX, a Coréia, a Irlanda, a Espanha.
Foi graças à revolução educacional que aqueles países fizeram suas revoluções sociais, derrubaram o muro da desigualdade que dividia suas sociedades, e o muro do atraso que os separava dos países com economia, sociedade e estilos civilizatórios avançados.
Foi graças à revolução educacional que aqueles países fizeram suas revoluções sociais, derrubaram o muro da desigualdade que dividia suas sociedades, e o muro do atraso que os separava dos países com economia, sociedade e estilos civilizatórios avançados.
O Brasil continua se negando a fazer sua revolução educacional. Mantém sua sociedade dividida, continua atrasado segundo todos os indicadores sociais. O resultado é um país dividido, atrasado, internacionalmente dependente e vulnerável. O Brasil precisa fazer sua revolução. A única possibilidade nos tempos atuais é fazê-la pela educação: revolucionar a educação de base, refundar a universidade e construir um forte aparelho científico e tecnológico. E para isso acontecer precisamos começar com os municípios.
blog - Finalizando
esta breve entrevista, o blog quer saber junto à sociedade: diante dos fatos e
rompimentos políticos qual a sua posição política? Situação ou oposição.
Ajudei na
construção deste governo porque pensei ser o caminho mais viável para que as
oportunidades chegassem. Eu que pergunto se interesso para o governo. Não sou
oposição a Inhambupe.