Comandados por Lula e FHC, seus líderes de mais alta patente, petistas e tucanos guerreiam no noticiário há 11 dias. Um lado atira verbos, o outro devolve diatribes. E vice-versa. No auge do fogo cruzado, FHC pespegou em Dilma Rousseff o adjetivo de “ingrata”. Disse que a presidente “cospe no prato que comeu”. Abespinhado, Lula aconselhou o antagonista a “ficar quieto.” Não foi atendido. Neste domingo, como faz no primeiro final de semana de cada mês, FHC levou um artigo às páginas. Sob o título ‘Sem disfarce nem miopia’, o texto anota que “as forças governistas, depois de precipitarem a campanha eleitoral, voltaram ao diapasão antigo: comparar os governos petistas com os do PSDB.” Uma referência à decisão de Lula de escorar o lançamento da recandidatura de Dilma na velha tática plebiscitária.“Chega a ser doentio!”, escreve FHC. “Será que não sabem olhar para frente?” Para ele, as comparações não têm sentido porque abordam dois períodos distintos sem levar em conta que “as conjunturas mudam”. De resto, parte-se da premissa de que “tudo começou do zero no primeiro dia do governo Lula.” Irônico, FHC anota que a cartilha editada pelo PT para celebrar seus dez anos de poder federal mimetiza a velha tática soviética de manipular imagens e dados. Começa na foto da capa –“Dilma e Lula retratados como duas faces de uma mesma criatura” — e se estende ao miolo, que fala “o que aos donos do poder interessa”. Leia mais no Blog do Josias.