
Ainda que o governo tenha arrefecido em sua intenção de instalar uma usina nuclear na Bahia, o ambientalista Marcell Moraes, presidente do Grupo Ambiental Amigos da Onça (Geama) e vice-presidente municipal do PV, condena a possibilidade. Em entrevista ao BN, ponderou que o estado não precisaria correr o risco e defendeu o investimento em fontes alternativas de energia. “Estamos no século XXI. Há outras fontes de energia, como a eólica e a solar, que poderiam ser exploradas. Na Bahia venta e faz sol o ano inteiro. Quem não pode investir nisso é o Japão, que é uma ilha, onde não venta. É inadmissível. Por que investir em um projeto de curto prazo, em vez de apostar no longo prazo? A Bahia ainda não tem deficiência energética. Pelo contrário, temos ‘n’ possibilidades”, declarou. No campo político, Moraes reiterou ainda as críticas feitas ao PT, proferidas na época em que o governador Jaques Wagner defendeu a atração do investimento. “Além de custar mais caro e gerar menos empregos, traz grande perigo. É um projeto arcaico e ridículo e quem está tentando trazê-lo lutou a vida toda contra. O Partido Verde é contra. A energia nuclear é limpa, mas o perigo é o lixo atômico. Angra 1 foi instalada há 30 anos e até hoje não sabem o que fazer com os resíduos nucleares. É uma verdadeira bomba atômica. A gente está assustado e torcendo para o governador retroceder nessa ideia e passar a investir em fontes renováveis de energia”, clamou. A Bahia, atualmente, é uma das principais produtoras de urânio do país, por meio da jazida de Caetité, no sudoeste do estado, controlada pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB). A descoberta foi feita pelo empresário da mineração João Cavalcanti, futuro petista, que se afastou do negócio.
Fonte - http://www.bahianoticias.com.br/noticias/noticia/2011/03/17/89163,ambientalista-condena-usina-nuclear-na-bahia.html
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