Avanços não são conquistas de um só homem ou governo', afirmou.
'Eu quero ser o presidente da União', afirmou ex-governador.

O ex-governador de São Paulo José Serra disse neste sábado (10), durante o lançamento de sua pré-candidatura à Presidência da República, que não vai aceitar um embate do "nós contra eles" durante a campanha eleitoral. “Não aceito o raciocínio do nós contra eles. Não cabe na vida de uma Nação. Somos todos irmãos na pátria. Lutamos pela união dos brasileiros e não pela sua divisão”, afirmou em seu discurso, realizado em um centro de convenções em Brasília. "Eu quero ser o presidente da União", disse.

“Não temos problema com o nosso passado, não temos mal entendido com nosso passado. Mas precisamos admitir que falta ainda muito o que fazer. O Brasil pode ser muito mais do que é hoje. O Brasil pode resolver problemas sem ceder à demagogia, à bravata”, disse.

Serra iniciou sua fala pedindo um minuto de silêncio em homenagem às vítimas das enchentes e deslizamentos no Rio de Janeiro. Durante sua fala, o ex-governador se referiu aos avanços econômicos e sociais do Brasil, mas ressaltou que eles se devem à “estabilidade democrática, luta e trabalho.

Em seu discurso, Serra lembrou ainda de sua atuação no Congresso e como ministro do governo Fernando Henrique Cardoso. Ele ressaltou o apoio dos partidos de oposição a suas iniciativas, entre eles o que “tirou do papel o seguro-desemprego”, disse, que beneficia sete milhões de trabalhadores. “Todos os partidos e blocos a apoiaram.”

Se o povo assim decidir, vamos governar com todas e com todos, sem discriminar ninguém. Juntar pessoas em vez de separá-las; convidá-las ao diálogo, em vez de segregá-las; explicar os nossos propósitos, em vez de hostilizá-las. Vamos valorizar o talento, a honestidade e o patriotismo em vez de indagar a filiação partidária"
No Ministério da Saúde, Serra lembrou da “criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e da Agência Nacional de Saúde, a implantação dos genéricos, a proibição do fumo nos aviões e da propaganda de cigarros e a regulamentação dos planos de saúde”.

Ele afirmou que a saúde estagnou durante a gestão do presidente Lula. O ex-governador lembrou que quando estava à frente do ministério, ele implementou o programa contra a Aids.
“Fizemos a melhor campanha da Aids no mundo.(..) Cerceamos o abuso do incentivo ao cigarro e tabaco em geral”, afirmou.

Serra disse que um eventual governo sob seu comando seria tolerante a todas as orientações políticas. "Se o povo assim decidir, vamos governar com todas e com todos, sem discriminar ninguém. Juntar pessoas em vez de separá-las; convidá-las ao diálogo, em vez de segregá-las; explicar os nossos propósitos, em vez de hostilizá-las. Vamos valorizar o talento, a honestidade e o patriotismo em vez de indagar a filiação partidária", afirmou.

Em sua fala, Serra criticou o desempenho do atual governo na área educacional. “É preciso prestar atenção num retrocesso grave dos últimos anos: a estagnação da escolaridade entre os adolescentes. Segundo ele, é preciso “turbinar o ensino técnico e profissional, aquele que vira emprego”. O ex-governador chegou a prometer “multiplicar por dois ou três o número de alunos no país inteiro, num período de governo”.

Justiça e infraestrutura
O pré-candidato defendeu a intensificação de programas de combate às drogas, no que se refere ao combate ao tráfico e assistência aos usuários. "As drogas são hoje uma praga nacional. E aqui também o governo tem de investir em clínicas e programas de recuperação para quem precisa e não pode ser tolerante com traficantes da morte", declarou.

O PIB brasileiro poderia crescer bem mais se a infraestrutura fosse adequada, se funcionasse de acordo com o tamanho do nosso país, da população e da economia "

Ele defendeu ainda a certeza da punição a criminosos. "Um país só poderá atingir a paz se se existir a garantia de que a atitude criminosa não ficará sem castigo", afirmou. "Quero que meus netos crescam num país onde a lei será aplicada a todos. No país, nenhum brasileiro vai estar acima da lei. Com segurança na Justiça o Brasil pode mais.”

Serra críticou também os problemas de infraestrutura no Brasil. "O PIB brasileiro poderia crescer bem mais se a infraestrutura fosse adequada, se funcionasse de acordo com o tamanho do nosso país, da população e da economia."

Durante seu discurso, o ex-governador fez homenagens à criadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, que morreu em um desabamento causado pelo terremoto que afetou o Haiti em fevereiro passado, e à ex-primeira-dama Ruth Cardoso, que morreu no ano passado devido a problemas cardíacos.

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