A internet é ferramenta indispensável para o dia a dia da população. Mas cerca de dois em cada três brasileiros (63%) dizem que não têm acesso algum à rede, esteja ela na própria casa, no trabalho ou na residência de parentes e amigos. O número ainda está bastante distante dos países desenvolvidos - nos Estados Unidos, por exemplo, uma em cada quatro pessoas (25%) tem banda larga na própria casa. Apesar disso, o resultado é o menor dos cinco anos, segundo pesquisa Observador, da financeira Cetelem em parceria com a consultoria Ipsos. Em 2005, 76% (três em cada quatro) das pessoas diziam não ter acesso à internet. Dos que acessam internet, 19% têm rede em casa e outros 11% navegam na web por outros locais, principalmente as lan houses. O levantamento, feito com 1.500 consumidores de 70 cidades de regiões metropolitanas do país, mapeou dados sobre consumo na internet e mostrou que o acesso à rede tem ligação direta com a renda. - A renda familiar média de quem já utilizou a internet [pelo menos uma vez] como fonte de consulta para compra é de R$ 2.130. A renda média entre os que não utilizam é de R$ 1.488. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados no fim de 2009 mostram que o acesso vem crescendo de forma acelerada no Brasil. No fim de 2008, a internet foi navegada por 56 milhões de brasileiros (35%) – um aumento de 75,3% em relação a 2005, quando pouco mais de 20% da população usavam a web. Nova classe média Para a pesquisa, o aumento do número de pessoas conectadas está ligado à entrada de mais de 30 milhões de pessoas na classe média, que agora representa 49% da população. Marcos Etchegoyen, diretor-geral da Cetelem no Brasil, explica que esse movimento de subida na classe social é resultado da maior geração de emprego no ano passado, que ampliou o acesso ao crédito e ajudou na melhora do padrão de vida. - A renda cresceu nas classes C e D/E. O Brasil se saiu bem diante da crise, e isso levou ao aumento do emprego, que por sua vez eleva a confiança do consumidor. E quando há confiança, o consumidor toma crédito, e compra mais. Entre os produtos mais desejados pela nova classe média estão móveis, eletrodomésticos, viagens e telefone celular. O quinto da lista é o computador, que aparece na frente do carro e de imóveis. Alexandre Umberti, diretor de Marketing, Produtos e Inteligência da e-bit, afirma que o aumento da renda permite que cada vez mais pessoas se pluguem à rede. - Temos que destacar alguns adventos como o acesso da baixa renda aos computadores [um PC pode ser parcelado em até 48 vezes], barateamento de linha telefônica e da banda larga, o wi-fi em diversas regiões e acesso público à internet. Hoje são 68 milhões de pessoas plugadas e esse número vem aumentando ano a ano.
Fonte - R7.com / Tecnologia e Ciências
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