Cabe à sociedade preocupar-se com os problemas da juventude - a saber: uso de drogas, doenças sexualmente transmissíveis, alcoolismo, tabagismo, violências, desemprego, baixo rendimento escolar - soluções para dirimilos ou eliminá-los.
Os jovens constituem aproximadamente um terço da população do planeta. É óbvio que eles serão o futuro de cada nação e a solução para os problemas do mundo. Hoje, eles estão atravessando uma fase entre a infância e a idade adulta, entre o mundo da educação e o mundo do trabalho. Amanhã, estarão ocupando as cadeiras do governo, a direção das corporações, o mercado de trabalho. Em vista disso, se faz necessária ao jovem uma formação moral e intelectual que o faça refletir sobre os verdadeiros problemas da vida em sociedade, sobre o exercício da cidadania e que, sobretudo o ajude a encontrar um sentido para a vida.
A educação tradicional tem como principal objetivo a formação integral do educando, mas não oferece disciplinas que preparem os jovens para a vida em sociedade e para o exercício da cidadania. Para minimizar esses problemas, os jovens conscientes e a sociedade têm se engajado no movimento do "protagonismo juvenil", que se relaciona, basicamente, com a preparação do jovem para exercer a cidadania.
Esse movimento pode ajudar a juventude em dois aspectos: no desenvolvimento pessoal, em que o jovem "aprende a ser", e na capacitação para o trabalho. "Aprendendo a ser", o jovem desenvolve o senso de identidade e a auto-estima. Passa a ter maior consciência de seu papel no mundo e mais confiança no futuro e em seu potencial.
A capacitação para o trabalho não envolve o conhecimento técnico e sim o desenvolvimento de habilidades no relacionamento com as pessoas. O jovem aprende a lidar melhor com suas potencialidades e limitações, ou seja, aprende a "autogestão", e a integrar-se com o trabalho dos outros, agindo conjuntamente na busca de objetivos comuns.
A juventude é uma fase de experimentação em que valores e convenções estão em jogo. Todo jovem tem o ideal da autonomia, ou seja, ser reconhecido como alguém cuja voz e opinião podem, definitivamente, ajudar a mudar o estado das coisas. Ao estimular essa autonomia intelectual e a participação nos principais problemas de sua comunidade, a sociedade estará formando pessoas capazes de agir e influenciar na vida política, social e cultural de um país, de um estado ou de uma região. Estará, enfim, formando cidadãos mais conscientes e preparados na busca de um futuro melhor para todos.
Fonte - paulinas.org.br