A
Polícia Federal deflagrou mais uma fase da Lava
Jato na manhã desta terça-feira (11/9). Batizada de Operação
Piloto, a ação ocorre nos estados da Bahia, São Paulo e Paraná.
De
acordo com o Estadão,
entre os presos, está o ex-governador Beto Richa (PSDB), candidato ao
Senado. Nesta fase da Lava Jato, segundo o jornalista Fausto Macedo, são
cumpridas ordens da Justiça estadual e federal.
O
ex-governador foi preso pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime
Organizado (Gaeco), do Ministério Público do estado do Paraná, e é alvo também
da Lava Jato. Foram detidos temporariamente a esposa dele, Fernanda
Richa, e Deonlison Roldo, que é ex-chefe de gabinete do político, segundo
informações do site G1.
Cerca
de 180 policiais federais cumprem 36 ordens judicias nas cidades de
Salvador, São Paulo, Lupianópolis, Colombo e Curitiba. De acordo com a PF,
o objetivo da investigação é apurar um suposto pagamento milionário de
vantagem indevida em 2014, pelo Setor de Operações Estruturadas
do grupo Odebrecht, em favor de agentes públicos e privados no estado do
Paraná
Em
contrapartida, teria ocorrido possível direcionamento do processo licitatório
para a duplicação, manutenção e operação da rodovia estadual PR-323 na
modalidade parceria público-privada (PPP).
Ainda
segundo a PF, as investigações apontam para crimes como corrupção ativa e
passiva, fraude à licitação e lavagem de dinheiro. Os presos serão conduzidos à
Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde permanecerão à disposição
da Justiça.
Onde
estão sendo cumpridos os mandados:
Salvador
Um mandado de busca e apreensão
São
Paulo
Um mandado de busca e apreensão
Paraná
Lupianópolis
Dois mandados de busca e apreensão
Colombo
Um mandado de busca e apreensão
Curitiba
28 mandados de busca e apreensão
Dois mandados de prisão preventiva
Um mandado de prisão temporária
O
nome dado à operação remete ao codinome atribuído
pelo grupo Odebrecht em seus controles de repasses de pagamentos
indevidos investigados pela PF. Piloto seria o codinome de Beto Richa no
departamento de propinas da Odebrecht.|metropoles / Foto: Reprodução/RPC