A cidade que leva
o nome do poeta Castro Alves, que completa 171 anos de nascimento nesta
quarta-feira (14), recebe há cinco dias a 18ª edição Festival do Poeta. O
município, localizado a 190 km de Salvador, foi batizado com o nome do escritor
desde 1900.
No palco instalado
na praça da cidade acontecem apresentações de poesias e danças, encenadas por
crianças de escolas municipais, além de feira de artesanatos e shows. É o
primeiro ano do evento, que acontece nesta terça, dia de feriado na cidade.
Antes de levar o
nome de Castro Alves, o município era chamado de “Curralinho”, porque servia de
passagem para antigos tropeiros, com destino a Feira de Santana, localizada a
100 km da capital.
O local abrigava
uma fazenda, cujos proprietários eram os avós do poeta abolicionista. Na terra
havia cultivo de fumo, feijão e cana de açúcar.
A cidade mantém
até hoje o casarão da família de Castro Alves, onde funciona um museu, que
guarda a história do lugar e o acervo do poeta.
Há registro de pelo menos 13 obras escritas por ele na cidade que depois foi
batizada com seu próprio nome. “Entre elas O Hóspede, Aves de Arribação, Os
Perfumes e outras que são conhecidas mundialmente”, informa.
O museu expõe
ainda na parede, o retrato do avô do poeta, José Antônio da Silva Castro, que
foi general do Exército e também chamado de “Periquitão”. O visitante que for
conhecer o casarão pode ver também o tinteiro que o poeta usou para escrever
suas obras.
“Ele usou esse
tinteiro para escrever suas belas poesias que hoje nós passamos para nosso
alunos para conheceram e vivenciar esse momento. A história de Castro Alves é
muito inspiradora e nos deixa muito orgulhosos como moradores”.
Além de
“Curralinho”, o poeta ainda viveu, só no Recôncavo baiano, em Cabaçeiras do
Paraguaçu, Cachoeira e São Félix. O escritor viveu também em Salvador, com os
pais, e passou por Recife e São Paulo.[ Informações portal.bahia10]
Salvador
Os 171 anos do poeta baiano Castro Alves será
homenageado com uma exposição no Museu Tempostal, localizado no Pelourinho, em
Salvador. A mostra em vídeo, que começa a partir desta quarta-feira, 14, das
10h às 17, vai retratar a capital na época do "poeta dos
escravos", como ficou conhecido pelo combate à escravidão.
Os visitantes vão poder conferir cenas
como cadeirinhas de arruar (liteiras) carregando ‘sinhás’ pelas ruas,
vendedores, cavalos, carroças, procissões da igreja católica com pedestre se
ajoelhando no caminho, automóveis dos anos 1930 até a década de 1960, um
dirigível Zepellin sobrevoando a Cidade do Salvador e as suas belas
construções.
O horário da manhã reservado ao agendamento
com escolas - “é uma homenagem aos 171 anos de nascimento do poeta baiano
Castro Alves para a qual escolhemos postais que mostrassem a praça que leva o
seu nome em diversas épocas”, explica a coordenadora do Tempostal, Luzia
Ventura.|atarde / Fotos google