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Polícia Federal terminou nesta quarta-feira, 6, a contagem dos valores
apreendidos no bunker ligado ao ex-ministro Geddel Vieira Lima. Foram
apreendidos R$ 51 milhões – R$ 42.643.500,00 e US$ 2.688.000,00. O dinheiro será
depositado em uma conta judicial.
O valor em dólar foi convertido
para real e chegou a R$ 8.387.366,40. Foi usada a cotação de venda desta
segunda pelo Bacen – 1 dólar = 3,1203 reais.
O dinheiro foi
apreendido pela Polícia Federal na manhã desta terça na Operação Tesouro
Perdido, nova fase da Cui Bonno?. A ação fez buscas em um imóvel em Salvador e
foi autorizada pela 10.ª Vara Federal de Brasília.
A Tesouro Perdido mirou no local
onde seria o “bunker” do ex-ministro Geddel Vieira Lima. O apartamento seria
usado para armazenagem de dinheiro em espécie.
Ao autorizar a
operação, o juiz federal Vallisney de Souza Oliveira afirmou que Geddel ‘estava
fazendo uso velado do aludido apartamento, que não lhe pertence, mas a
terceiros, para guardar objetos/documentos (fumus boni iuris), o que, em face
das circunstâncias que envolvem os fatos investigados (vultosos valores,
delitos de lavagem de dinheiro, corrupção, organização criminosa e participação
de agentes públicos influentes e poderosos), precisa ser apurado com urgência’.
Geddel está em prisão
domiciliar sem tornozeleira eletrônica. O ex-ministro foi preso em 3 de julho e mandado para casa em 12 de julho.
A investigação é
conduzida pelo delegado Marlon Oliveira Cajado que nas últimas semanas ouviu,
entre outras pessoas, o corretor Lúcio Bolonha Funaro. Um outro depoimento de
Funaro já havia resultado na prisão de Geddel.
Em depoimento à
Procuradoria da República em Brasília, Funaro disse ter entregue ‘malas ou sacolas de
dinheiro’ ao ex-ministro. O corretor declarou ter feito
‘várias viagens em seu avião ou em voos fretados, para entregar malas de
dinheiro para Geddel Vieira Lima’.
“Essas entregas eram
feitas na sala VIP do hangar Aerostar, localizada no aeroporto de Salvador/BA,
diretamente nas mãos de Geddel”, declarou Funaro.
Em agosto, Geddel se tornou réu por obstrução de Justiça.
O ex-ministro teria atuado para evitar a delação premiada do corretor Lúcio
Funaro, que poderia implicá-lo em crimes de corrupção na Caixa Econômica
Federal.
Valores finais:
R$ 42.643.500,00
(quarenta e dois milhões, seiscentos e quarenta e três mil e quinhentos reais)
US$ 2.688.000,00
(dois milhões, seiscentos e oitenta e oito mil dólares americanos)
* cotação de venda na data de hoje – fonte BACEN ( 1 dólar = 3,1203 reais)R$ 8.387.366,40
*TOTAL = R$
51.030.866,40 (cinquenta e um milhões, trinta mil, oitocentos e sessenta e seis
reais e quarenta centavos)*
|estadao