Secretária de Saúde de Inhambupe, Wilma Vergasta e o diretor do hospital Antônio Carlos Magalhães, Paulo Sérgio Pinheiro. |
A secretária
de Saúde de Inhambupe, Wilma Vergasta, enfatizou nessa quinta-feira (dia 29)
que, apesar da crise vivenciada pelo setor no âmbito do governo federal, cuja
maior consequência se configura no atraso do repasse de verbas para custeio dos
programas nos estados e municípios, a administração municipal vem desenvolvendo
uma série de ações no setor da saúde para garantir maior e melhor qualidade dos
serviços, proporcionando um atendimento qualificado “não só aos inhambupenses
como também a moradores de municípios vizinhos, como Sátiro Dias, Crisópolis,
Olindina, Aporá, e até de Alagoinhas, que para aqui se deslocam em busca de
atendimento médico tendo em vista os problemas estruturais enfrentados pelo
hospital Dantas Bião, naquele município”.
Wilma lembra que, ao assumir a
pasta, encontrou o hospital Antonio Carlos Magalhães em situação crítica,
passando por sérias dificuldades tanto na parte estrutural como com relação a
equipamentos, sendo que sua primeira ação consistiu em montar a equipe de trabalho,
profissional e completa, composta hoje de assistente social, nutricionista,
coordenação de enfermagem , enfermeira CCIH, , enfermeira
plantonista diário, Bioquímica Farmacêutica, administradora hospitalar e
diretor médico hospitalar. Quanto à parte estrutural foram iniciadas as
reformas necessárias para o funcionamento da unidade, apesar das dificuldades
financeiras.
Foto José Carlos |
Ela ressalta que, mesmo assim, o
município assumiu a gestão do hospital ACM sobre o decreto da Lei 8.080 do
Ministério da Saúde, que era filantrópico(SACI) e possuía uma dívida
trabalhista hoje estimada em mais de R$ 4 milhões e cuja responsabilidade não é
do município e sim da instituição que administrava o hospital. “Continuamos
mantendo o hospital funcionando, com a diferença que hoje nós temos uma equipe
lotada com dois médicos plantonistas diários. Aqui, nunca houve falta de
médicos”, pontua.
“Então o hospital não está assim
tão ruim como parece. Quanto à questão de medicamentos e insumos digo que
muitos hospitais estão passando uma situação até pior que a nossa. Hoje estamos
com o centro cirúrgico em fase de acabamento, possuindo até oxigênio
canalizado, fato nunca visto no município e na região”, destaca a secretária,
lembrando que a gestão municipal vem tentando modificar a realidade encontrada,
mesmo sabendo que o prédio pode vir a leilão e ser tomado pela justiça. “Nunca
deixamos de assistir a população inhambupense”.
A secretária insiste na
necessidade de os cidadãos valorizarem a sua unidade hospitalar e unirem forças
não só para manter as conquistas como sobretudo melhorá-las, “e não apenas
criticar puramente por criticar a imagem da gestão, seja por discordância
política ou qualquer outro motivo de cunho pessoal ou profissional, porque a
saúde é prioridade”.
Wilma conta que apesar de todas
as dificuldades que o governo federal vem passando, com a demora nos repasses
dos recursos destinados à saúde em todo o país, “hoje com a transparência todos
podem verificar que os repasses estão chegando com atraso, mas mesmo assim, em
tempo hábil, nós abrimos as unidades básicas e todos os PSF, mesmo com
precariedade, mas não deixamos de cumprir a lei e não deixamos a população
desassistida. Estamos tentando, dentro do possível atender satisfatoriamente a
comunidade”.
A secretária de Saúde informa a
existência de médicos do programa Mais Médicos em todas as unidades básicas,
atendendo à população. “E se não estamos dando conta satisfatoriamente, dentro
do ideal, é por pura questão financeira, as receitas diminuíram, a queda veio
de cima para baixo e não devemos culpar e atacar o município, que de alguma
forma está agindo com prudência e de acordo com o que recebe. Não podemos
trabalhar fora da realidade, temos que ter equilíbrio. E a questão não é só
nossa, é nacional. Há municípios que possuem muito mais recursos, como
Alagoinhas e estão atendendo muito pior do que nós”, lembra.
“A pasta de saúde é complexa, tem
vários setores e a secretária não pode ser a diretora e administradora do
hospital. Não que esteja me eximindo de minhas responsabilidades, que é a
gestão da saúde”, argumenta Wilma, que afirma dispor de uma equipe profissional
capaz para trabalhar no hospital e de um corpo selecionado trabalhando. Ela diz
agora precisar do auxílio da população, que a comunidade a acione, para que
aponte as dificuldades encontradas dentro das unidades para que ela tome as
medidas cabíveis. “Estou aberta a críticas e disposta a discutir as questões
abertamente, desde que seja convocada ou chamada a falar, mas não posso admitir
denúncias vazias e ataques anônimos. Respondo a todos os questionamentos, desde
que sejam feitos com clareza”, assegura. Informações do prefeituradeinhambupe